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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Radicalmente Oposto






Quando fiz o compromisso de fazer este blog, e nele colocar minhas experiências, ideias e opiniões, algo que sempre levei em conta é o fato de achar que a imagem que se tem hoje em dia, e que é vendida e comprada dos homossexuais, não condiz com a realidade. Sou contra os guetos, e contra a efeminização e vitimização de uma maioria. Vou contar-lhes agora, uma linda história, uma história que mostra dignidade, coragem, amor e respeito, honra e nobreza.
Desde o princípio do século IV a.C., havia na cidade de Tebas, na Grécia, um batalhão de elite composto por 300 guerreiros. Todos homossexuais e amantes. Era o chamado Batalhão Sagrado de Tebas. Sua coragem e bravura eram conhecidas por toda a antiga Grécia, não havia quem não os temesse e admirasse. A homossexualidade no contexto é explicada pela ideia que se tinha de que dois amantes ao lutarem em uma batalha, jamais abandonariam seu par, por incorrer em covardia para alguém tão importante. Portanto, havia lealdade, proteção e colaboração de ambas as partes. Lutavam até a morte. E claro havia o amor...
Para os antigos gregos o verdadeiro amor é aquele entre dois homens. Porém esse amor hoje vendido, calcado nas relações entre um homem e uma mulher, tem feito os homossexuais se perderem na luta insana por "serem iguais, a qualquer custo", que hoje todos sofrem com a realidade de viver algo que não é para si.
Em O Banquete, Platão trata do amor espiritual entre dois homens, o tratando como algo complexo: "Creio da seguinte forma: O amor não é simples, e como já vos disse no início, as coisas em si mesmas não são nem boas nem más, mas boas se tornam quando feitas de bom modo, e más, no caso contrário". "Quando o amante e o amado concordam em ter por lei, um, prestar ao amado todos os serviços que não firam a virtude, e o outro, servir em tudo o que não se oponha à justiça e ajudá-lo a tornar-se sábio e bom; um, capaz de proporcionar a sabedoria e todas as outras virtudes, o outro, desejoso de ciência e virtudes - quando, pois, essas condições se encontram e harmonizam, só então não é desonesto que se concedam favores a um amante. De outro modo não!".
Vê-se no texto que o amor ali colocado difere totalmente do amor de hoje, baseado nas relações homem/mulher, no qual a essência é a perpetuação da espécie, do contrato lavrado em cartório, das pensões, da divisão de bens, da guarda das crianças, da relativização das sociabilizações humanas.
Platão ainda diz: "De sorte que se fosse possível formar, por algum modo, um Estado ou um exército exclusivamente composto de amantes e amados, assim se obteria uma constituição política insuperável, pois ninguém faria o que fosse desonesto, e todos, naturalmente, se estimulariam para a prática das belas coisas". 
Outra coisa que salta aos olhos é a virilidade aclamada, a hombridade, a masculinidade, as qualidades inerentes ao gênero masculino, e que acompanhava os antigos guerreiros. Seu amor é crescimento, sabedoria, evolução e coragem, em nada lembrando os pedidos de igualdade de hoje daqueles que não se encaixam nesse perfil. Os guerreiros de Tebas ensinam a nós, homossexuais do século XXI, que voltar às origens pode trazer mais felicidade do que querer, por força de Lei ou Pressão, se igualar com quem é tão diverso de nós. O casamento gay de hoje não traz essa troca de virtudes, essa construção de personalidades e amizades, as relações entre dois homens de hoje estão contaminadas com a visão dos fracos, dos pessimistas e dos criadores de guetos.
Rapazes, procurem calcar suas relações nesses exemplos gregos, pois o que uma amizade entre dois homens cria, dificilmente é esquecido, dificilmente é destruído. Sejam homens valorosos e resgatem essa fraternidade, seremos assim muito mais que um "segmento, um pink money, uma minoria". Criem e sejam corajosos e valorosos como os guerreiros de Tebas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não Gosto dos Meninos



Descobri esse vídeo recentemente em um blog que acompanho. Vejam como cada depoimento tem uma dignidade exemplar. A cada comentário ficava mais enternecido, e pensei: Como é bom que os meninos de hoje podem ver tal material. Mostra as diferenças sem alarde, sem estardalhaço. E como diz um dos rapazes, não somos um carro alegórico, temos outras faces também. Esse vídeo deveria estar no mal-fadado kit do MEC. Esse de fato ensina sem agredir, sem polemizar, aqui você não vê somente esteriótipos, mostra pessoas que encararam sua realidade cada um ao seu tempo.
De fato, histórias que gostaríamos de ter ouvido antes. Não tínhamos parâmetros, não tínhamos exemplos. Agora, isso faz parte do passado. Agora vemos que não estamos sozinhos, e que os esteriótipos precisam ser vencidos e estão ultrapassados. Amem-se, aceitem-se. Assumir-se para si mesmo é o primeiro passo, a partir disso tudo fica mais fácil. A parte mais difícil já passou, você se aceitou.

Superando o bullying


     "Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos 
       olhos daqueles que não sabem voar"  Friedrich Nietzsche 

No meu último post falei sobre a importância de se ter autoconfiança. Também falei superficialmente sobre eu ter sofrido bullying. Hoje pretendo dechavar um pouco essa história, e mostrar que mesmo sofrendo todo tipo de violência, se você confiar em sim mesmo, as coisas ficam diferentes, você a cada dia se supera. Esse é o segredo, superação de si mesmo. Quando você aceita esse desafio que a vida impõe, você alça novos e mais altos voos, você aprende que nem tudo é fácil, e se vitimizar não é o caminho. Você sabe que é um vencedor.
Tive uma infância normal, brinquei de carrinho, de fazenda, subia em árvores, fazia bagunça, ia ao rio. Mas também brinquei de boneca, apesar de no final adorar colocá-las na fogueira!! E gostava muito de estragar as brincadeiras das meninas. Sempre gostei muito de ler, comecei cedo com uma coleção dos anos 60 de Contos dos Irmãos Grimm. Até aí acho que tudo correu bem. Estudei em escola pública, e então aos onze, doze anos, o bullying começou. À princípio foi por ser um garoto meio quieto, tímido, inteligente e com um nível social melhor que o da maioria dos outros alunos.
Bom, todos aqui sabem como acontece quando a gente descobre que é diferente, que alguma coisa não está se encaixando. Fui criado em uma família protestante, evangélica, ia aos cultos com frequência, e tinha medo do inferno. Quando percebi que não havia jeito, e que eu me sentia atraído pelos outros meninos, não foi fácil. Odiei tudo aquilo, queria muito que não fosse daquele jeito. Tinha uma aparência masculina, não tinha trejeitos, mas eu, com todo o medo de ser descoberto, ou me imaginarem como uma bichinha, mulherzinha, acabei me isolando, o que acredito foi o estopim para começarem a me chamar de gay. Como aquilo me doia, mesmo sabendo da minha condição. Não apanhei, mas ouvi as piores coisas que um menino pode ouvir. Fui humilhado por um colega diversas vezes, e fui motivo de piada para muitos colegas.
Não sabia me defender, ninguém me ensinou a partir para o vamos ver mesmo!! Duvido que depois disso alguém tivesse me incomodado novamente... Mas não foi assim. O bullying vinha de forma indireta também, pois na igreja o pastor não fazia outra coisa além de atacar e achincalhar os homossexuais. E o sofrimento era solitário. Para quem contar? Como externar o que sentia, sem me denunciar? Não me aceitava, e às vezes tinha esperança de que Jesus me mudaria... Mesmo assim, não me agredi, não me enganei, e não fiquei com meninas para ser aceito. Sofri bastante por estar sozinho, não ter um amigo, e de não ter parâmetros para me espelhar, pois o mundo gay era extremamente distante do que eu acreditava, do que eu era. Apesar disso tudo, sempre acreditei em mim mesmo, sempre pensei que um dia a vida seria melhor, e que só eu mesmo podia reverter a situação. Para atenuar as dores e o sofrimento, me joguei nos livros, e a biblioteca da minha pequena cidade, tranformou-se em um novo mundo, onde descobri que eu tinha o poder de mudar, de transcender minha existência.
Então, depois de muitas idas ao psiquiatra, de tomar antidepressivos e chorar bastante, decidi sair da minha cidade e correr atrás dos meus sonhos. O underground sempre me atraiu mais, não era mauricinho, playboy ou careta, pois desde pequeno já tinha ideias bem diferentes... Tinha 15 anos quando li Nietzsche pela primeira vez. Rock, tatuagens e atitude. Comecei a vencer então o circulo vicioso do bullying. Comecei a me gostar, a me aceitar. Também conheci outros como eu, o que foi determinante para minha aceitação. Já estava me superando, mas ainda não havia percebido. Isso só aconteceu com o Jiu-jitsu. As dores físicas e a disciplina me mostraram e confirmaram o que eu já sabia, mas ainda não aceitava: eu sou um vencedor, confio e acredito em mim. As marcas e cicatrizes do bullying ficaram. Não confio muito nas pessoas, e me relacionar com outro cara é sempre problemático, mas hoje me amo, me respeito e me cuido, e não deixo ninguém dizer o contrário.
Quero com esse post mostrar que o primeiro passo tem que vir de nós, e quero reinterar a importância do Esporte, seja qual for. O Esporte inclui. Para mim foi uma arte marcial, mas pode ser qualquer outro. Também não se engane, não se agrida, não tente ser o que não é. Preserve e celebre sua masculinidade, se dê o respeito, não leve somente o sexo e a beleza como base para um relacionamento, não se deixe seduzir pela falácia gay. Sair do armário é um processo, e cada um tem a sua hora. Meninos, rapazes, homens e senhores, celebrem a sua masculinidade. Ser homem é muito bom. Hoje as coisas estão mais fáceis, afinal, a internet está aqui, fazendo com que nos interliguemos e vejamos que não estamos sozinhos, e que nós homossexuais discretos, masculinos e viris, temos que nos envolver mais, e mostrar que a Ditadura Gay está com seus dias contados.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Viés político-ideológico no "Kit Gay"


Voltando à polêmica do "kit gay", que tem deixado ânimos exaltados em todos os lados, algo que quase não se comentou foi quem produziu o material... Sabe-se muito bem que desde que o governo do PT subiu ao poder, o número de Ong's patrocinadas e financiadas pelo Governo Federal só aumentou. Sabe-se que muitas delas estão nas mãos de estrangeiros que supostamente estariam aqui para estudar ou proteger nossas florestas, nossa água, e também nossa educação, nossa liberdade de expressão. Já se pensou inclusive em uma CPI das Ong's, para investigar muitos atos de terrorismo, como os ataques à Aracruz Celulose e Cutrale, feitos pelo MST. Mas além dessas que partem para a violência e a bandidagem, tem aquelas que procuram assegurar a criação de conflitos dentro do dia a dia da população, a querer criar certas formas de sociedade calcadas na vitimização, na discriminação e na criação de políticas que só aumentam o esteriótipo, a violência e o Gueto. Pois é, está nas mãos de Ong's parecidas com essas a criação, produção e tudo o mais que se relaciona ao material do kit. Depois do vazamento, setores mais conservadores falam em homossexualização. Como se isso fosse possível. Falam também que homossexualidade tem a ver com pedofilia, opinião odiosa e a mais nefasta e inverídica possível. Os ânimos estão exaltados.
Como homossexual, que é contra o atual kit, a criminalização da homofobia, das cotas raciais, e todas as atuais "políticas afirmativas" em curso no Brasil, digo que a sociedade não foi consultada, não houve uma preocupação em se ter professores, psicólogos, sociólogos, estudiosos, religiosos, e demais setores da sociedade para se pensar e debater o kit, que aliás, é válido desde que tenha outro viés, não o viés político-ideológico LGBT. Ele foi feito de acordo com o pensamento dominante no momento, o atual movimento gay, que senhores, é minoria. Como já disse antes, para muitos meninos o mais difícil na aceitação em ser homossexual advém do fato de que para ele é penoso se identificar com um movimento feminizante, vitimizante, e que prega uma realidade que não existe. Ele é menino, ele é viril, ele gosta de coisas de menino!
Nos vídeos não aparece essa realidade. Nos vídeos, mesmo os beijos nos desenhos ficaram destoados. Opiniões de amigos, de colegas do trabalho e muitos outros acabam indo na mesma direção, de que estão enfiando guela abaixo o kit. O assunto é polêmico, por isso mesmo deve ser melhor pensado e debatido. O deputado federal Jean Wyllys disse que o ministério da Educação foi covarde em não distribuir o kit, e que o governo sofreu chantagem da bancada cristã, por causa de Antônio Palocci. Nesse ponto ele está certo, é verdade que a pressão dos cristãos pesou bastante, afinal a presidente Dilma foi para o segundo turno por conta da questão aborto, porém, não foi só isso, o material é inapropriado, celebra certos comportamentos, não foi pensado coletivamente.
Outra coisa que não foi dita pelo movimento gay, é que além do kit, seria distribuído também um material de combate às DSTs, que chocou muitos parlamentares. Além disso uma cartilha com símbolo do Mec trazendo ilustrações com sexo entre dois homens já estaria nas mãos dos parlamentares. Não vai ser assim que nos livraremos do preconceito, da violência. Não é impondo um modo de vida, que nem mesmo a maioria dos homossexuais quer que iremos conquistar respeito. Para muitas pessoas, tudo o que está acontecendo pretende criar um novo segmento, os gays, por intermédio desses pretensos direitos. Muitos se perguntam: Por que não investimos mais em educação? Por que não combatermos a miséria, a insegurança? Se tantos atos de violência, como o que o país vê diariamente no trânsito, com motoristas bêbados e assassinos não são criminalizados e punidos por isso, por que haveríamos de querer a criminalização da homofobia?
As pessoas pensam assim. Elas não estão muito preocupadas com o que o movimento gay pensa. Por isso, antes de tudo, um Kit Anti-Homofobia deve ser pensado coletivamente, com o maior número de especialistas possível, dever mostrar o diferente de forma menos impactante, menos direcionada, menos ideológica, não nas mãos dessas Ong's. Deve educar mesmo, não polemizar. Continuo pensando que antes de criminalizar-mos algo, devemos investir pesado na educação, é a falta dela que nos impede de sermos um país civilizado. Para mim, a maior prova de que o pensamento está evoluindo em nosso país, foi a aprovação da união civil de pessoas do mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal. Isso foi uma vitória. Mostra uma forma de sermos aceitos sem estridência, que existimos. Portanto, que o novo kit traga o que de fato precisamos para combater o preconceito e a violência, com educação de qualidade, desmistificações, sem esteriótipos, e mostrando como se combater e punir exemplarmente o bullying de qualquer matiz.
Enquanto o novo kit não sai, deixo aos meus leitores uma dica. Para vencer o bullying é necessário confiar em si mesmo. É difícil, mas compensa. Eu venci o bullying estudando mais, me destacando mais. Também me impus em algumas circunstâncias, com meu pensamento polêmico e minhas atitudes. Porém, o que me transformou mesmo foi o jiu-jitsu. Por isso, digo aos meus leitores que a melhor forma de confiar em si mesmo é aprendendo uma arte marcial. Não que ela vai te deixar violento ou pronto a arrumar ou revidar uma situação. Ela faz com que você se supere, acredite em si mesmo, te disciplina, e te mostra que às vezes o sofrimento te molda para o bem. É aceitar que na vida sempre teremos dificuldades e que precisaremos vencer algo lá na frente. Sua aparência muda, sua forma de pensar o mundo também. Você não é uma vítima, pois você se supera dia a dia. Pratiquem esportes. Eles te darão autoconfiança. Nada melhor que eles para vencer o bullying, a homofobia. Destaque-se dessa forma, como um atleta, um estudioso, um afirmador de si, não como uma vítima LGBT, que sempre precisará das "políticas afirmativas".

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Políticas Discriminatórias



Depois de toda celeuma em torno do "Kit Gay" do MEC, a presidente Dilma Rousseff decidiu suspender a distribuição do material às escolas. Uma manobra política, afinal a bancada religiosa, que fez pressão, agora vai defender Palocci das acusações de enriquecimento ilícito, e fazer, assim como no caso do mensalão, vistas grossas sobre a corrupção que impera no Brasil. Mesmo assim, concordo com a presidente. O material que vazou pela internet, não faz apologia, tampouco incita crianças e jovens a serem homossexuais, afinal isso não se pega, tampouco se escolhe, mas tem um tom totalmente despropositado em se tratando de combater a homofobia.
Tudo isso é relativamente novo, e o que esperar das pessoas depois de saberem que seus filhos pequenos verão um menino que se apresenta como Bianca, ou duas meninas de beijando no pátio da escola? É incrível o que as tarântulas da igualdade querem. Não será forçando a barra que venceremos o preconceito e a violência. Concordo com a presidente que disse que "o Governo Federal não fará propaganda de opções sexuais", afinal o papel do governo é educar, e combater o preconceito. Relembro aqui aquela propaganda irlandesa de combate à homofobia, que inclusive postei aqui no Hipermasculino, e que saiu em vários outros blogs que também pensam a homossexualidade de outra forma. Essa sim, é uma forma de se combater a violência, e de mostrar aos alunos que existe o diferente.
Porém no Brasil, a minoria vitimizante LGBT, insiste no cronograma de "políticas afirmativas" que beira o escândalo, o recalque e a falta de discernimento. O exemplo clássico veio exatamente do deputado federal Jeam Wyllys, que na tribuna falou que sabe de seus colegas que estão no "armário", e que não se posicionam ou levantam a bandeira do arco-íris. Criticou Clodovil, dizendo que o mesmo tinha "homofobia interna". Discurso típico, pois se você vai contra toda a bagatela gay, você é enrustido, tem homofobia interna ou não apoia os seus.
Continuo sendo contra todo o tipo de política que vitimiza, apequena, e nivela por baixo. Continuo sendo contra a criminalização da homofobia, pois penso que a violência só acabará depois de um mudança de paradigmas, de comportamento, mostrando o que realmente acontece, não criando políticas segregacionistas. Recentemente vimos muitos homens sairem do armário, como atletas, artistas, pessoas públicas e muitos caras que você nem imaginava que fossem homossexuais. Esses homens tiveram seu tempo, assim como a maioria dos homossexuais. Para que meus detratores não digam que não mostro a cara, aqui vai um recado: Pretendo dar minha cara à tapa, e mostrar quem sou e a que vim, porém isso é um processo, e dependendo do sucesso do blog, o farei sem pestanejar, pois sinto que muitos garotos e jovens precisam de um parâmetro, de um exemplo, de alguém que mostre a eles que mesmo sentindo atração pelo mesmo sexo, não deixamos de ser homens, tampouco deixamos de ser masculinos e viris.
Continuo acreditando na educação e em bons exemplos. Portanto, não querendo ser repetitivo, vamos nos mirar em Gareth Thomas, jogador de rúgbi do País de Gales, hipermasculino, atleta viril, que hoje palestra e mostra toda sua dignidade para milhões de jovens mundo afora. Em uma de suas entrevistas ele disse: "Passei por todo o tipo de emoções ao tentar lidar com isto. Foi difícil esconder a minha orientação sexual. Por isso, quis ser um exemplo para os jovens gay ou bissexuais que no futuro queiram jogar rúgbi".
Um homem desse tamanho e dessa envergadura é o exemplo que todo homossexual deve ter como parâmetro, como exemplo, não essa Ditadura Gay que oprime, escandaliza e joga na vala comum toda uma gama de diversidade. Vamos mostrar que adoramos nosso gênero, que amamos ser homens, e mostrar ao mundo, que a maioria dos homossexuais é como Gareth, ciosos de sua hombridade.




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Kit da polêmica


 A mais nova polêmica do momento é a distribução do chamado "kit gay" pelo Ministério da Educação para as escolas do país. Bom, eu vi os vídeos que estão no youtube e que supostamente seriam do kit do MEC. O ministro da educação Fernando Hadad esclareceu que eles não fazem parte do "kit", e que o material ainda não foi distribuído às escolas.
Mesmo assim, a polêmica está no ar, com os intratáveis evangélicos arvorando-se direitos e arrotando sua moral de rebanho, dizendo que isso irá estimular meninos e meninas a se tornarem homossexuais... Quanta besteira... Será que em pleno século XXI, esses ignorantes ainda acreditam na História da Carochinha?
Eu sou homossexual, e garanto que não fui estimulado a isso. Também não decidi ser assim, do dia para a noite. O caminho da aceitação foi difícil, duro e solitário. Quem em sã consciência se tornaria um pária para a sociedade, sabendo o quanto te odiariam por isso? Somos assim e pronto. Nós não escolhemos ser homossexuais por causa de modismos ou das "más companhias", aconteceu assim, sem que tivessemos o poder de escolher.
Me pergunto porque esses malditos evangélicos não se preocupam em melhorar aquele antro de concupiscência que é o Congresso Nacional, e do qual eles fazem parte. Muitos deles são corruptos, criminosos, bandidos, porém é mais prático para eles fazer polêmica com algo que diz respeito ao combate à violência, para que os adolescentes homossexuais não fiquem marginalizados, ou abandonem a escola, ou pior, se matem por conta do preconceito da sociedade.
Esses senhores prestariam um imenso favor ao país se combatessem a corrupção, o desvio de dinheiro público, a violência contra as mulheres e crianças, melhorar a educação do país, a saúde, a segurança pública. Vemos no Brasil de hoje um levante por parte desses ditos "seguidores de Cristo", contra a liberdade de ser da cada cidadão.
Certa vez briguei com um colega de trabalho por conta disso. Ele é um daqueles seres fanáticos que recebem as bobagens ditas nos púlpitos como verdades absolutas, e assim perseguem e execram o que não conhecem. Fui ríspido e disse que o papel da igrejas, qualquer uma delas, é trazer alento, ensinar coisas boas, acolher os aflitos, não estimular a violência, o embate, muito menos o crime. Que ao invés disso, eles deveriam levar mensagens de amor, compaixão, e melhorar a vida daqueles que acreditam na "palavra", não incitar o ódio. No final ainda lancei a seguinte questão: "Você acha, que se o seu Cristo estivesse aqui agora, ele compartilharia de toda essa discriminação e incitamento ao ódio?". Ele não me respondeu. Também pudera, pois se ele acredita nesse Senhor, ele sabe que Ele teria outra atitude. Afinal, não foi ele que disse: "Atire a primeira pedra quem não tiver pecado, no caso da Madalena?"...
O que se estimula é o ódio, o crime, a violência, o assassinato. Coisas que esse senhores, evangélicos ou católicos conhecem bem, afinal, quanta barbaridades ao longo dos séculos eles perpetuaram? Ou já se esqueceram das mulheres queimadas nas fogueiras da "Santa Inquisição"? Dos judeus e dos muçulmanos
chacinados durantes as Cruzadas? Dos índios e negros, escravizados por não terem "Alma"? Da colonização da América Espanhola, que dizimou toda uma população, com o aval da Igreja Católica, que recebeu bastante ouro por isso? Ou desses evangélicos, que também foram a favor das fogueiras, da escravidão e do racismo?
Senhores, vão trabalhar! Façam mudanças positivas para nosso país! Sejam contra a corrupção, a violência, a péssima educação passada às nossas crianças! Façam como o seu Jesus, amem o próximo. Afinal vocês também têm telhado de vidro, e quem persegue, um dia pode ser perseguido...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Suprema decisão

Estamos acostumados a ver no Brasil nossas autoridades muitas vezes envolvidas em escândalos dos mais variados tipos, e o Congresso, que deveria melhorar nossas Leis, está sempre em descompasso com as necessidades da Nação. O único farol que nos ilumina é o Supremo Tribunal Federal, que recentemente votou a favor da extradição do terrorista Cesare Battisti. Novamente a Suprema Corte nos insere no rol de nações desenvolvidas e preocupadas em por em prática mudanças sociais de suma importância. Os ministros reconheceram a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Isso é um avanço. Note-se bem que não foi dito "Casamento Gay", foi dito "União Estável". É preciso saber a diferença de um para outro, pois casamento é uma Instituição, algo decidido também através de uma religião ou crença. Para Nietzsche: “A racionalidade do casamento estava em sua indissolubilidade por princípio: com isso adquiriu um tom capaz de fazer-se ouvir, perante o acaso de sentimento, paixão e momento". O casamento moderno, o casamento por amor, criou distorções, inclusive muitos homossexuais se perdem nesse assunto.
Para que dois homens querem ficar juntos? Eles realmente pretendem construir algo juntos? Uma família? Ou vão fazer como os heteros, que por conta do amor estão abolindo a instituição? Essa decisão trás muitas responsabilidades. 
Acredito que essa decisão será importante no combate à violência, para melhorar a educação e ensinar as gerações futuras a respeitarem o diferente. Que isso permita que novos valores sejam inseridos no Brasil. Continuo sendo contra o "Casamento Gay", mas a "União Estável" deve ser celebrada.