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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Liberdade de Expressão



Depois da polêmica do deputado Jair Bolsonaro em entrevista no CQC, fiquei um tempo pensando no que escrever sobre a tão comentada declaração que varreu o país. Bom, para começar, vou dizer algo que certamente ferirá suscetibilidades, mas criei esse blog com o propósito de externar minhas opiniões. Sempre fui a favor da Revolução de 64. Não era nascido nessa época, mas se todos procurassem se aprofundar no assunto, veriam que a situação naquele momento era de fato crítica, e por mais que se negue, o risco do Brasil entrar numa guerra civil, virar uma Cuba ou uma Colômbia era grande. Os valores do deputado são chamados de Direita, e muitas das vezes acabam indo contra o que muitos pensam, aliás, muitos homossexuais são de Direita, eu inclusive. O que quero expor aqui, mesmo sendo contra as declarações de Bolsonaro, é sobre a liberdade de se expressar dele, afinal, mesmo dizendo disparates, ele em nenhum momento incitou o ódio aos homossexuais. Inclusive já disse que os mesmos são respeitados nas Forças Armadas. O episódio dos sargentos gays é assunto que tratarei noutro post. O que ele falou, e que acabou sendo o grande motivo de tanto barulho foi: a promiscuidade dos homossexuais... Ela existe? É mentira? Uma criação dos homofóbicos? Quando as pessoas, em sua maioria pensam sobre homossexualidade, o que vem a mente? Paradas Gays, onde drogas e sexo correm soltos, garotos de programa dançando e oferecendo sexo por dinheiro, festas e baladas regadas a metanfetamina e outras drogas do "amor", um bando de bibas loucas, sempre falando alto, gesticulando e assediando indicriminadamente, humor irônico e maldoso, uma vida bastante irreal no meu modo de ver, afinal, não somos todos assim... Se queremos respeito, não devíamos dar o respeito? Por que precisamos de uma Parada Gay, que aliás era chamada de Orgulho Gay antigamente? Eu não tenho orgulho por ser homossexual, tenho orgulho de ser verdadeiro, de respeitar os limites alheios, e de ser uma pessoa que não se deixa vitimizar por conta da ignorância alheia. Sobrevivi ao bullying, me tornei um homem correto, e hoje aqui, procuro passar minhas experiências, principalmente para aqueles jovens que não se encaixam no estilo gay que atualmente assola o mundo. É preciso discernimento quando o assunto é gosto. Eu não gosto de afeminados. Isso faz de mim um homofóbico? Também não me dou bem com travestis, isso faz de mim um preconceituoso? Se os gays tem o direito de se expressar, em suas paradas, suas festas, seu modo de vida, por que Jair Bolsonaro não? Não parece um paradoxo? Claro, que discursos como por exemplo de muitos pastores evangélicos, realmente soam homofóbicos e insitam a violência, isso não é liberdade de expressão, isso é incitação ao ódio. A patrulha do politicamente correto tem destruído boas ideias e opiniões. O ponto central do meu pensamento é: por que temos que nos igualar aos heteros? Por que queremos um casamento, uma família nos moldes tradicionais, pensão de ex-compannheiros (vão trabalhar, correr atrás do que é seu)? Como dizia Michel Foucault, estamos aqui para mostrar novas formas de se relacionar, diferentes das já usadas e gastas, todos sabem que o casamento perdeu sua principal função, e quando os homossexuais se voltarem para àquele passado grego, no qual uma relação entre dois homens era de respeito e aprendizado, de virilidade e crescimento mútuo, certamente essas polêmicas se arrefecerão. Temos que por em mente que devemos não procriar, mas criar, tornar o mundo melhor, resgatar antigos valores, como companheirismo, como força, honra e nobreza, não esses conceitos da moral do escravo, do rebanho, sempre cerceando os mais aptos e fortes, criando conceito ridículos, como homofobia e casamento gay. Se os gays têm o direito de sair às ruas levantando sua bandeira colorida, e reivindicando direitos, por que Jair Bolsonaro, não pode externar sua opinião? Afinal não vivemos numa democracia? Ou a democracia serve somente para as minorias?

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