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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Não ao Ghetto


Não posso afirmar, a não ser levando em conta como aconteceu comigo, acredito que uma das coisas mais impactantes quando você se descobre homossexual, é o fato de que você não quer pertencer àquele mundo apresentado para você. Por que? Simples, porque você não se encaixa nele. Ontem no trabalho, conversando e interagindo com meus colegas, comentamos a respeito das agressões sofridas pelo jogador de vôlei Michael na Superliga de Vôlei. Desde sempre, eu soube que eu era diferente, que enquanto os outros meninos se interessavam pelas meninas, eu me interessava por eles. Sofri bullying, não me aceitei, me odiei, e cheguei a ser tratado com remédios. Odiava essa situação. Mas o que me constrangia e me violentava de fato, era ver na tv, nas revistas, nas piadas, no dia a dia, nas falas das pessoas, o esteriótipo, a ignorância, os homossexuais sempre representados de forma vil, como pessoas fúteis, interessadas somente no prazer hedonista, sempre vaidosos, e o pior: Sempre afetados, efeminados, emasculados... Eu não sou uma bichinha. Nunca fui. Sou homem, gosto de ser homem, gosto de suar, de praticar esportes, gosto de coisas do universo masculino, e gosto de homens. Um dos meus colegas ao comentar o assunto dispara: "Ah! Não é legal o que fizeram, mas também, fala sério! Viu a sobrancelha dele?! . Janice disse depois de uma gargalhada: "Pior! Parecia uma mulher!". No mesmo dia, dentro de um ônibus, me deparei com a seguinte cena: Um grupo de adolescentes fazia algazarra, e entre eles um garoto que, estava na cara, era gay. Ele fazia o possível para chamar atenção, falando alto, gesticulando, rebolando, desfilado e desfiando um rosário de despropósitos. Resumindo, uma bichona, com toda a carga negativa que essa palavra encerra. Quando dois garotos desceram no ponto, ela mexeu com eles. Eles claro, se ofenderam, e disseram simplesmente: "Vai se f... sua bicha! Vira homem. Naquele momento lembrei da conversa com meus colegas, e de tantas outras que escutei durante minha vida. Sou bastante masculino, e desde garoto tenho um porte mais viril, o que não tira de mim, uma grande sensibilidade. Luto jiu-jítsu, e tenho voz grossa. Na verdade passo despercebido, as pessoas nem cogitam sobre minha sexualidade, pareço "hetero". Apesar das dificuldades de aceitação, sempre me respeitei, e nunca procurei ser quem eu não era, nunca fiz uma linha hetero, faço uma linha homem, masculino. E penso que não tenho obrigação em dizer para todo mundo, que sou homossexual, quem importa, quem interessa, sabe. Com tudo isso quero dizer, que existe sim uma Ditadura Gay em percurso. O que se vê hoje em dia é um crescente número de meninos cada vez mais atraídos e instruídos por essa história de se assumir, de virar gay, de se expor nas paradas e baladas, a se travestirem, se prostituirem, a se efeminar, a se tornarem vítimas da violência que só o GHETTO traz. Eu não quero um triângulo rosa no meu peito. Ele simboliza a loucura humana, a intolerância, o radicalismo e a falta de esclarecimento. Quero aqui neste blog, mostrar que há outro caminho, que nem todos os homossexuais se portam dessa maneira, e que na verdade queremos apenas poder viver em sociedade sem ter que ser apenas mais um produto de fábrica com o rótulo Gay. Quero aqui resgatar valores masculinos, de amizade e companheirismo, quero mostrar que ser homem também é Cool... Para mim, o ícone desse renascimento da masculinidade entre os homossexuais é Gareth Thomas. Mirem-se no exemplo do homem de Gales.

2 comentários:

  1. Muito bem impressionado com seus textos, bem argumentados, fortes referências e citações...
    A bem da verdade discordo com alguns posicionamentos, e isso é fascinante, ansioso para "discutir" seus textos e conhecer mais deste seu universo, um tanto quanto diverso do meu.

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  2. Valeu Giuliano. A ideia é essa mesmo. Pretendo com meu blog mostrar outras possibilidades, resgates de valores esquecidos. Quero mostrar um universo diverso do que é mostrado pela mídia comprometida com o "politicamente correto, direitos iguais, políticas afirmativas e etc", que a meu ver mascaram a realidade. Será que a maioria dos homossexuais masculinos compactuam com a Ideologia Gay? Estou aberto às suas opiniões, pois quantos mais verem o que escrevo, mais interessante e produtiva ficará essa discussão. Um abraço!

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