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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Radicalmente Oposto






Quando fiz o compromisso de fazer este blog, e nele colocar minhas experiências, ideias e opiniões, algo que sempre levei em conta é o fato de achar que a imagem que se tem hoje em dia, e que é vendida e comprada dos homossexuais, não condiz com a realidade. Sou contra os guetos, e contra a efeminização e vitimização de uma maioria. Vou contar-lhes agora, uma linda história, uma história que mostra dignidade, coragem, amor e respeito, honra e nobreza.
Desde o princípio do século IV a.C., havia na cidade de Tebas, na Grécia, um batalhão de elite composto por 300 guerreiros. Todos homossexuais e amantes. Era o chamado Batalhão Sagrado de Tebas. Sua coragem e bravura eram conhecidas por toda a antiga Grécia, não havia quem não os temesse e admirasse. A homossexualidade no contexto é explicada pela ideia que se tinha de que dois amantes ao lutarem em uma batalha, jamais abandonariam seu par, por incorrer em covardia para alguém tão importante. Portanto, havia lealdade, proteção e colaboração de ambas as partes. Lutavam até a morte. E claro havia o amor...
Para os antigos gregos o verdadeiro amor é aquele entre dois homens. Porém esse amor hoje vendido, calcado nas relações entre um homem e uma mulher, tem feito os homossexuais se perderem na luta insana por "serem iguais, a qualquer custo", que hoje todos sofrem com a realidade de viver algo que não é para si.
Em O Banquete, Platão trata do amor espiritual entre dois homens, o tratando como algo complexo: "Creio da seguinte forma: O amor não é simples, e como já vos disse no início, as coisas em si mesmas não são nem boas nem más, mas boas se tornam quando feitas de bom modo, e más, no caso contrário". "Quando o amante e o amado concordam em ter por lei, um, prestar ao amado todos os serviços que não firam a virtude, e o outro, servir em tudo o que não se oponha à justiça e ajudá-lo a tornar-se sábio e bom; um, capaz de proporcionar a sabedoria e todas as outras virtudes, o outro, desejoso de ciência e virtudes - quando, pois, essas condições se encontram e harmonizam, só então não é desonesto que se concedam favores a um amante. De outro modo não!".
Vê-se no texto que o amor ali colocado difere totalmente do amor de hoje, baseado nas relações homem/mulher, no qual a essência é a perpetuação da espécie, do contrato lavrado em cartório, das pensões, da divisão de bens, da guarda das crianças, da relativização das sociabilizações humanas.
Platão ainda diz: "De sorte que se fosse possível formar, por algum modo, um Estado ou um exército exclusivamente composto de amantes e amados, assim se obteria uma constituição política insuperável, pois ninguém faria o que fosse desonesto, e todos, naturalmente, se estimulariam para a prática das belas coisas". 
Outra coisa que salta aos olhos é a virilidade aclamada, a hombridade, a masculinidade, as qualidades inerentes ao gênero masculino, e que acompanhava os antigos guerreiros. Seu amor é crescimento, sabedoria, evolução e coragem, em nada lembrando os pedidos de igualdade de hoje daqueles que não se encaixam nesse perfil. Os guerreiros de Tebas ensinam a nós, homossexuais do século XXI, que voltar às origens pode trazer mais felicidade do que querer, por força de Lei ou Pressão, se igualar com quem é tão diverso de nós. O casamento gay de hoje não traz essa troca de virtudes, essa construção de personalidades e amizades, as relações entre dois homens de hoje estão contaminadas com a visão dos fracos, dos pessimistas e dos criadores de guetos.
Rapazes, procurem calcar suas relações nesses exemplos gregos, pois o que uma amizade entre dois homens cria, dificilmente é esquecido, dificilmente é destruído. Sejam homens valorosos e resgatem essa fraternidade, seremos assim muito mais que um "segmento, um pink money, uma minoria". Criem e sejam corajosos e valorosos como os guerreiros de Tebas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Não Gosto dos Meninos



Descobri esse vídeo recentemente em um blog que acompanho. Vejam como cada depoimento tem uma dignidade exemplar. A cada comentário ficava mais enternecido, e pensei: Como é bom que os meninos de hoje podem ver tal material. Mostra as diferenças sem alarde, sem estardalhaço. E como diz um dos rapazes, não somos um carro alegórico, temos outras faces também. Esse vídeo deveria estar no mal-fadado kit do MEC. Esse de fato ensina sem agredir, sem polemizar, aqui você não vê somente esteriótipos, mostra pessoas que encararam sua realidade cada um ao seu tempo.
De fato, histórias que gostaríamos de ter ouvido antes. Não tínhamos parâmetros, não tínhamos exemplos. Agora, isso faz parte do passado. Agora vemos que não estamos sozinhos, e que os esteriótipos precisam ser vencidos e estão ultrapassados. Amem-se, aceitem-se. Assumir-se para si mesmo é o primeiro passo, a partir disso tudo fica mais fácil. A parte mais difícil já passou, você se aceitou.

Superando o bullying


     "Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos 
       olhos daqueles que não sabem voar"  Friedrich Nietzsche 

No meu último post falei sobre a importância de se ter autoconfiança. Também falei superficialmente sobre eu ter sofrido bullying. Hoje pretendo dechavar um pouco essa história, e mostrar que mesmo sofrendo todo tipo de violência, se você confiar em sim mesmo, as coisas ficam diferentes, você a cada dia se supera. Esse é o segredo, superação de si mesmo. Quando você aceita esse desafio que a vida impõe, você alça novos e mais altos voos, você aprende que nem tudo é fácil, e se vitimizar não é o caminho. Você sabe que é um vencedor.
Tive uma infância normal, brinquei de carrinho, de fazenda, subia em árvores, fazia bagunça, ia ao rio. Mas também brinquei de boneca, apesar de no final adorar colocá-las na fogueira!! E gostava muito de estragar as brincadeiras das meninas. Sempre gostei muito de ler, comecei cedo com uma coleção dos anos 60 de Contos dos Irmãos Grimm. Até aí acho que tudo correu bem. Estudei em escola pública, e então aos onze, doze anos, o bullying começou. À princípio foi por ser um garoto meio quieto, tímido, inteligente e com um nível social melhor que o da maioria dos outros alunos.
Bom, todos aqui sabem como acontece quando a gente descobre que é diferente, que alguma coisa não está se encaixando. Fui criado em uma família protestante, evangélica, ia aos cultos com frequência, e tinha medo do inferno. Quando percebi que não havia jeito, e que eu me sentia atraído pelos outros meninos, não foi fácil. Odiei tudo aquilo, queria muito que não fosse daquele jeito. Tinha uma aparência masculina, não tinha trejeitos, mas eu, com todo o medo de ser descoberto, ou me imaginarem como uma bichinha, mulherzinha, acabei me isolando, o que acredito foi o estopim para começarem a me chamar de gay. Como aquilo me doia, mesmo sabendo da minha condição. Não apanhei, mas ouvi as piores coisas que um menino pode ouvir. Fui humilhado por um colega diversas vezes, e fui motivo de piada para muitos colegas.
Não sabia me defender, ninguém me ensinou a partir para o vamos ver mesmo!! Duvido que depois disso alguém tivesse me incomodado novamente... Mas não foi assim. O bullying vinha de forma indireta também, pois na igreja o pastor não fazia outra coisa além de atacar e achincalhar os homossexuais. E o sofrimento era solitário. Para quem contar? Como externar o que sentia, sem me denunciar? Não me aceitava, e às vezes tinha esperança de que Jesus me mudaria... Mesmo assim, não me agredi, não me enganei, e não fiquei com meninas para ser aceito. Sofri bastante por estar sozinho, não ter um amigo, e de não ter parâmetros para me espelhar, pois o mundo gay era extremamente distante do que eu acreditava, do que eu era. Apesar disso tudo, sempre acreditei em mim mesmo, sempre pensei que um dia a vida seria melhor, e que só eu mesmo podia reverter a situação. Para atenuar as dores e o sofrimento, me joguei nos livros, e a biblioteca da minha pequena cidade, tranformou-se em um novo mundo, onde descobri que eu tinha o poder de mudar, de transcender minha existência.
Então, depois de muitas idas ao psiquiatra, de tomar antidepressivos e chorar bastante, decidi sair da minha cidade e correr atrás dos meus sonhos. O underground sempre me atraiu mais, não era mauricinho, playboy ou careta, pois desde pequeno já tinha ideias bem diferentes... Tinha 15 anos quando li Nietzsche pela primeira vez. Rock, tatuagens e atitude. Comecei a vencer então o circulo vicioso do bullying. Comecei a me gostar, a me aceitar. Também conheci outros como eu, o que foi determinante para minha aceitação. Já estava me superando, mas ainda não havia percebido. Isso só aconteceu com o Jiu-jitsu. As dores físicas e a disciplina me mostraram e confirmaram o que eu já sabia, mas ainda não aceitava: eu sou um vencedor, confio e acredito em mim. As marcas e cicatrizes do bullying ficaram. Não confio muito nas pessoas, e me relacionar com outro cara é sempre problemático, mas hoje me amo, me respeito e me cuido, e não deixo ninguém dizer o contrário.
Quero com esse post mostrar que o primeiro passo tem que vir de nós, e quero reinterar a importância do Esporte, seja qual for. O Esporte inclui. Para mim foi uma arte marcial, mas pode ser qualquer outro. Também não se engane, não se agrida, não tente ser o que não é. Preserve e celebre sua masculinidade, se dê o respeito, não leve somente o sexo e a beleza como base para um relacionamento, não se deixe seduzir pela falácia gay. Sair do armário é um processo, e cada um tem a sua hora. Meninos, rapazes, homens e senhores, celebrem a sua masculinidade. Ser homem é muito bom. Hoje as coisas estão mais fáceis, afinal, a internet está aqui, fazendo com que nos interliguemos e vejamos que não estamos sozinhos, e que nós homossexuais discretos, masculinos e viris, temos que nos envolver mais, e mostrar que a Ditadura Gay está com seus dias contados.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Viés político-ideológico no "Kit Gay"


Voltando à polêmica do "kit gay", que tem deixado ânimos exaltados em todos os lados, algo que quase não se comentou foi quem produziu o material... Sabe-se muito bem que desde que o governo do PT subiu ao poder, o número de Ong's patrocinadas e financiadas pelo Governo Federal só aumentou. Sabe-se que muitas delas estão nas mãos de estrangeiros que supostamente estariam aqui para estudar ou proteger nossas florestas, nossa água, e também nossa educação, nossa liberdade de expressão. Já se pensou inclusive em uma CPI das Ong's, para investigar muitos atos de terrorismo, como os ataques à Aracruz Celulose e Cutrale, feitos pelo MST. Mas além dessas que partem para a violência e a bandidagem, tem aquelas que procuram assegurar a criação de conflitos dentro do dia a dia da população, a querer criar certas formas de sociedade calcadas na vitimização, na discriminação e na criação de políticas que só aumentam o esteriótipo, a violência e o Gueto. Pois é, está nas mãos de Ong's parecidas com essas a criação, produção e tudo o mais que se relaciona ao material do kit. Depois do vazamento, setores mais conservadores falam em homossexualização. Como se isso fosse possível. Falam também que homossexualidade tem a ver com pedofilia, opinião odiosa e a mais nefasta e inverídica possível. Os ânimos estão exaltados.
Como homossexual, que é contra o atual kit, a criminalização da homofobia, das cotas raciais, e todas as atuais "políticas afirmativas" em curso no Brasil, digo que a sociedade não foi consultada, não houve uma preocupação em se ter professores, psicólogos, sociólogos, estudiosos, religiosos, e demais setores da sociedade para se pensar e debater o kit, que aliás, é válido desde que tenha outro viés, não o viés político-ideológico LGBT. Ele foi feito de acordo com o pensamento dominante no momento, o atual movimento gay, que senhores, é minoria. Como já disse antes, para muitos meninos o mais difícil na aceitação em ser homossexual advém do fato de que para ele é penoso se identificar com um movimento feminizante, vitimizante, e que prega uma realidade que não existe. Ele é menino, ele é viril, ele gosta de coisas de menino!
Nos vídeos não aparece essa realidade. Nos vídeos, mesmo os beijos nos desenhos ficaram destoados. Opiniões de amigos, de colegas do trabalho e muitos outros acabam indo na mesma direção, de que estão enfiando guela abaixo o kit. O assunto é polêmico, por isso mesmo deve ser melhor pensado e debatido. O deputado federal Jean Wyllys disse que o ministério da Educação foi covarde em não distribuir o kit, e que o governo sofreu chantagem da bancada cristã, por causa de Antônio Palocci. Nesse ponto ele está certo, é verdade que a pressão dos cristãos pesou bastante, afinal a presidente Dilma foi para o segundo turno por conta da questão aborto, porém, não foi só isso, o material é inapropriado, celebra certos comportamentos, não foi pensado coletivamente.
Outra coisa que não foi dita pelo movimento gay, é que além do kit, seria distribuído também um material de combate às DSTs, que chocou muitos parlamentares. Além disso uma cartilha com símbolo do Mec trazendo ilustrações com sexo entre dois homens já estaria nas mãos dos parlamentares. Não vai ser assim que nos livraremos do preconceito, da violência. Não é impondo um modo de vida, que nem mesmo a maioria dos homossexuais quer que iremos conquistar respeito. Para muitas pessoas, tudo o que está acontecendo pretende criar um novo segmento, os gays, por intermédio desses pretensos direitos. Muitos se perguntam: Por que não investimos mais em educação? Por que não combatermos a miséria, a insegurança? Se tantos atos de violência, como o que o país vê diariamente no trânsito, com motoristas bêbados e assassinos não são criminalizados e punidos por isso, por que haveríamos de querer a criminalização da homofobia?
As pessoas pensam assim. Elas não estão muito preocupadas com o que o movimento gay pensa. Por isso, antes de tudo, um Kit Anti-Homofobia deve ser pensado coletivamente, com o maior número de especialistas possível, dever mostrar o diferente de forma menos impactante, menos direcionada, menos ideológica, não nas mãos dessas Ong's. Deve educar mesmo, não polemizar. Continuo pensando que antes de criminalizar-mos algo, devemos investir pesado na educação, é a falta dela que nos impede de sermos um país civilizado. Para mim, a maior prova de que o pensamento está evoluindo em nosso país, foi a aprovação da união civil de pessoas do mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal. Isso foi uma vitória. Mostra uma forma de sermos aceitos sem estridência, que existimos. Portanto, que o novo kit traga o que de fato precisamos para combater o preconceito e a violência, com educação de qualidade, desmistificações, sem esteriótipos, e mostrando como se combater e punir exemplarmente o bullying de qualquer matiz.
Enquanto o novo kit não sai, deixo aos meus leitores uma dica. Para vencer o bullying é necessário confiar em si mesmo. É difícil, mas compensa. Eu venci o bullying estudando mais, me destacando mais. Também me impus em algumas circunstâncias, com meu pensamento polêmico e minhas atitudes. Porém, o que me transformou mesmo foi o jiu-jitsu. Por isso, digo aos meus leitores que a melhor forma de confiar em si mesmo é aprendendo uma arte marcial. Não que ela vai te deixar violento ou pronto a arrumar ou revidar uma situação. Ela faz com que você se supere, acredite em si mesmo, te disciplina, e te mostra que às vezes o sofrimento te molda para o bem. É aceitar que na vida sempre teremos dificuldades e que precisaremos vencer algo lá na frente. Sua aparência muda, sua forma de pensar o mundo também. Você não é uma vítima, pois você se supera dia a dia. Pratiquem esportes. Eles te darão autoconfiança. Nada melhor que eles para vencer o bullying, a homofobia. Destaque-se dessa forma, como um atleta, um estudioso, um afirmador de si, não como uma vítima LGBT, que sempre precisará das "políticas afirmativas".

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Políticas Discriminatórias



Depois de toda celeuma em torno do "Kit Gay" do MEC, a presidente Dilma Rousseff decidiu suspender a distribuição do material às escolas. Uma manobra política, afinal a bancada religiosa, que fez pressão, agora vai defender Palocci das acusações de enriquecimento ilícito, e fazer, assim como no caso do mensalão, vistas grossas sobre a corrupção que impera no Brasil. Mesmo assim, concordo com a presidente. O material que vazou pela internet, não faz apologia, tampouco incita crianças e jovens a serem homossexuais, afinal isso não se pega, tampouco se escolhe, mas tem um tom totalmente despropositado em se tratando de combater a homofobia.
Tudo isso é relativamente novo, e o que esperar das pessoas depois de saberem que seus filhos pequenos verão um menino que se apresenta como Bianca, ou duas meninas de beijando no pátio da escola? É incrível o que as tarântulas da igualdade querem. Não será forçando a barra que venceremos o preconceito e a violência. Concordo com a presidente que disse que "o Governo Federal não fará propaganda de opções sexuais", afinal o papel do governo é educar, e combater o preconceito. Relembro aqui aquela propaganda irlandesa de combate à homofobia, que inclusive postei aqui no Hipermasculino, e que saiu em vários outros blogs que também pensam a homossexualidade de outra forma. Essa sim, é uma forma de se combater a violência, e de mostrar aos alunos que existe o diferente.
Porém no Brasil, a minoria vitimizante LGBT, insiste no cronograma de "políticas afirmativas" que beira o escândalo, o recalque e a falta de discernimento. O exemplo clássico veio exatamente do deputado federal Jeam Wyllys, que na tribuna falou que sabe de seus colegas que estão no "armário", e que não se posicionam ou levantam a bandeira do arco-íris. Criticou Clodovil, dizendo que o mesmo tinha "homofobia interna". Discurso típico, pois se você vai contra toda a bagatela gay, você é enrustido, tem homofobia interna ou não apoia os seus.
Continuo sendo contra todo o tipo de política que vitimiza, apequena, e nivela por baixo. Continuo sendo contra a criminalização da homofobia, pois penso que a violência só acabará depois de um mudança de paradigmas, de comportamento, mostrando o que realmente acontece, não criando políticas segregacionistas. Recentemente vimos muitos homens sairem do armário, como atletas, artistas, pessoas públicas e muitos caras que você nem imaginava que fossem homossexuais. Esses homens tiveram seu tempo, assim como a maioria dos homossexuais. Para que meus detratores não digam que não mostro a cara, aqui vai um recado: Pretendo dar minha cara à tapa, e mostrar quem sou e a que vim, porém isso é um processo, e dependendo do sucesso do blog, o farei sem pestanejar, pois sinto que muitos garotos e jovens precisam de um parâmetro, de um exemplo, de alguém que mostre a eles que mesmo sentindo atração pelo mesmo sexo, não deixamos de ser homens, tampouco deixamos de ser masculinos e viris.
Continuo acreditando na educação e em bons exemplos. Portanto, não querendo ser repetitivo, vamos nos mirar em Gareth Thomas, jogador de rúgbi do País de Gales, hipermasculino, atleta viril, que hoje palestra e mostra toda sua dignidade para milhões de jovens mundo afora. Em uma de suas entrevistas ele disse: "Passei por todo o tipo de emoções ao tentar lidar com isto. Foi difícil esconder a minha orientação sexual. Por isso, quis ser um exemplo para os jovens gay ou bissexuais que no futuro queiram jogar rúgbi".
Um homem desse tamanho e dessa envergadura é o exemplo que todo homossexual deve ter como parâmetro, como exemplo, não essa Ditadura Gay que oprime, escandaliza e joga na vala comum toda uma gama de diversidade. Vamos mostrar que adoramos nosso gênero, que amamos ser homens, e mostrar ao mundo, que a maioria dos homossexuais é como Gareth, ciosos de sua hombridade.




quarta-feira, 18 de maio de 2011

Kit da polêmica


 A mais nova polêmica do momento é a distribução do chamado "kit gay" pelo Ministério da Educação para as escolas do país. Bom, eu vi os vídeos que estão no youtube e que supostamente seriam do kit do MEC. O ministro da educação Fernando Hadad esclareceu que eles não fazem parte do "kit", e que o material ainda não foi distribuído às escolas.
Mesmo assim, a polêmica está no ar, com os intratáveis evangélicos arvorando-se direitos e arrotando sua moral de rebanho, dizendo que isso irá estimular meninos e meninas a se tornarem homossexuais... Quanta besteira... Será que em pleno século XXI, esses ignorantes ainda acreditam na História da Carochinha?
Eu sou homossexual, e garanto que não fui estimulado a isso. Também não decidi ser assim, do dia para a noite. O caminho da aceitação foi difícil, duro e solitário. Quem em sã consciência se tornaria um pária para a sociedade, sabendo o quanto te odiariam por isso? Somos assim e pronto. Nós não escolhemos ser homossexuais por causa de modismos ou das "más companhias", aconteceu assim, sem que tivessemos o poder de escolher.
Me pergunto porque esses malditos evangélicos não se preocupam em melhorar aquele antro de concupiscência que é o Congresso Nacional, e do qual eles fazem parte. Muitos deles são corruptos, criminosos, bandidos, porém é mais prático para eles fazer polêmica com algo que diz respeito ao combate à violência, para que os adolescentes homossexuais não fiquem marginalizados, ou abandonem a escola, ou pior, se matem por conta do preconceito da sociedade.
Esses senhores prestariam um imenso favor ao país se combatessem a corrupção, o desvio de dinheiro público, a violência contra as mulheres e crianças, melhorar a educação do país, a saúde, a segurança pública. Vemos no Brasil de hoje um levante por parte desses ditos "seguidores de Cristo", contra a liberdade de ser da cada cidadão.
Certa vez briguei com um colega de trabalho por conta disso. Ele é um daqueles seres fanáticos que recebem as bobagens ditas nos púlpitos como verdades absolutas, e assim perseguem e execram o que não conhecem. Fui ríspido e disse que o papel da igrejas, qualquer uma delas, é trazer alento, ensinar coisas boas, acolher os aflitos, não estimular a violência, o embate, muito menos o crime. Que ao invés disso, eles deveriam levar mensagens de amor, compaixão, e melhorar a vida daqueles que acreditam na "palavra", não incitar o ódio. No final ainda lancei a seguinte questão: "Você acha, que se o seu Cristo estivesse aqui agora, ele compartilharia de toda essa discriminação e incitamento ao ódio?". Ele não me respondeu. Também pudera, pois se ele acredita nesse Senhor, ele sabe que Ele teria outra atitude. Afinal, não foi ele que disse: "Atire a primeira pedra quem não tiver pecado, no caso da Madalena?"...
O que se estimula é o ódio, o crime, a violência, o assassinato. Coisas que esse senhores, evangélicos ou católicos conhecem bem, afinal, quanta barbaridades ao longo dos séculos eles perpetuaram? Ou já se esqueceram das mulheres queimadas nas fogueiras da "Santa Inquisição"? Dos judeus e dos muçulmanos
chacinados durantes as Cruzadas? Dos índios e negros, escravizados por não terem "Alma"? Da colonização da América Espanhola, que dizimou toda uma população, com o aval da Igreja Católica, que recebeu bastante ouro por isso? Ou desses evangélicos, que também foram a favor das fogueiras, da escravidão e do racismo?
Senhores, vão trabalhar! Façam mudanças positivas para nosso país! Sejam contra a corrupção, a violência, a péssima educação passada às nossas crianças! Façam como o seu Jesus, amem o próximo. Afinal vocês também têm telhado de vidro, e quem persegue, um dia pode ser perseguido...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Suprema decisão

Estamos acostumados a ver no Brasil nossas autoridades muitas vezes envolvidas em escândalos dos mais variados tipos, e o Congresso, que deveria melhorar nossas Leis, está sempre em descompasso com as necessidades da Nação. O único farol que nos ilumina é o Supremo Tribunal Federal, que recentemente votou a favor da extradição do terrorista Cesare Battisti. Novamente a Suprema Corte nos insere no rol de nações desenvolvidas e preocupadas em por em prática mudanças sociais de suma importância. Os ministros reconheceram a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Isso é um avanço. Note-se bem que não foi dito "Casamento Gay", foi dito "União Estável". É preciso saber a diferença de um para outro, pois casamento é uma Instituição, algo decidido também através de uma religião ou crença. Para Nietzsche: “A racionalidade do casamento estava em sua indissolubilidade por princípio: com isso adquiriu um tom capaz de fazer-se ouvir, perante o acaso de sentimento, paixão e momento". O casamento moderno, o casamento por amor, criou distorções, inclusive muitos homossexuais se perdem nesse assunto.
Para que dois homens querem ficar juntos? Eles realmente pretendem construir algo juntos? Uma família? Ou vão fazer como os heteros, que por conta do amor estão abolindo a instituição? Essa decisão trás muitas responsabilidades. 
Acredito que essa decisão será importante no combate à violência, para melhorar a educação e ensinar as gerações futuras a respeitarem o diferente. Que isso permita que novos valores sejam inseridos no Brasil. Continuo sendo contra o "Casamento Gay", mas a "União Estável" deve ser celebrada. 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Eu sou contra.


Apesar da música que estou escutando ser a mesma que me causa certa nostalgia, certo sentimentalismo, hoje estou mais sensato, e portanto vou lançar uma polemicazinha. Recentemente na cidade do Rio de Janeiro, um juiz aplicou a Lei Maria da Penha para um casal gay. A vítima é um cabeleireiro, que apanhava do companheiro, que de acordo com o mesmo, teria envolvimento com drogas. Bom, não vi os dois, mas preciso fazer juízo de valores. Afinal, sou um formador de opinião. Já vi muitas situações como essa. Muitos crimes são cometidos a partir disso. Aqui agora lanço na verdade, uma polemicazona. Toda vez que vemos em qualquer meio de comunicação alguma notícia sobre violência e crime contra gays, os envolvidos sempre tem um perfil parecido.
A vítima é o gay frágil, efeminado, que geralmente tem uma vida estável como cabeleireiro, ou alguma profissão parecida, que às vezes tem mesmo um sentimento em relação ao outro, ou aquele tipo que prefere manter seu poder com seu dinheiro, podendo ser um enrustido, uma bichona ou um rapaz que acredita no Amor. O agressor muitas vezes se intitula bissexual, hetero, sempre problemático, já agressivo desde o início, prenunciando um inevitável desastre. Diz-se que no Brasil são assassinados nada menos que 200 gays por ano, um a cada 36 horas. Por quem foram mortos? Onde estavam? Como eram? Qual seu perfil? Algum deles era travesti, efeminado, um enrustido que pagava programas, ou um jovem levado pelas falácias LGBT's?
Como era seu modo de vida? Visibilidade traz responsabilidades e perigos. Algum deles era um cara discreto, masculino, que praticava esportes, artes marciais? Quantos eram militares, policiais, profissionais liberais? Bem resolvidos com sua sexualidade, sem precisar afrontar, mas se respeitando, e exigindo reciprocidade?
Querem nos transformar em mulheres? As mulheres precisam dessa Lei, que as ampara, e a meu ver combate o início de qualquer tipo de violência e preconceito. A violência contra a mulher deve ser combatida. Agora, usá-la para dois marmanjos? Para mim é emascular todos àqueles que gostam de ser homens, de se sentirem homens, de gostarem de seu gênero, mesmo sentindo-se atraídos por outros do mesmo gênero! Não foi a primeira vez que aconteceu, e ao que parece pode se tornar uma regra, a não ser que pessoas sensatas interfiram.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, considerou da seguinte forma: "a Lei Maria da Penha é muito clara, é uma lei para defender as mulheres, tem recorte de gênero, e qualquer decisão fora disso é desvirtuar a lei". A opinião pública já disparou seus torpedos, todos com alta carga explosiva e "homofóbica". Se queremos ter o respeito dos outros, se queremos poder exercer nossa sexualidade sem constrangimentos, por que nos tornarmos o que não somos?
Para mim, todo esse embuste LGBT serve apenas para desvirtuar, agregar violência, para nivelar todos em um lugar comum, sem levar em conta a opinião da maioria dos homossexuais, que tenho certeza, repudiaram a decisão desse juiz. Para essas tarântulas, fica a pergunta: Já que vocês pregam tanto a democracia e os direitos iguais, por que se diferenciar dos outros? Por que leis diferentes? Cotas ou subsídios para quem não merece? A violência deve ser combatida em todos os seus níveis, a ignorância e o preconceito devem ser banidos através da desmistificação, da supressão dos estereótipos equivocados que norteiam a opinião pública em relação aos homossexuais. É preciso educar, não exigir algo que muitos não tem, afinal, quantas crianças, mulheres e homens são assassinados todos os minutos, ou são vítimas de toda sorte de violência, e mesmo assim, estão desamparados por causa de leis injustas, e o descaso dos governantes e autoridades?
Abaixo as cotas, as leis direcionadas para minorias vitimizantes, a falta de mérito, a falta de respeito, a generalização. Afinal, querer punir quem diverge de suas opiniões, de sua forma de viver, é próprio de Ditaduras. E nesse ponto, a Esquerda tem se travestido muito bem, pousando agora como a defensora dos "Direitos Humanos". Na União Soviética ia-se para a Sibéria se você fosse homossexual. Em Cuba, a perseguição começou logo após a tomada de Havana. Abaixo o Gueto.

domingo, 24 de abril de 2011

Why don't you play the game?




Hoje acordei nostálgico, e como sempre acontece nesses dias, elejo ou descubro uma música para me reportar a algum lugar ou época que não vivi, porém sinto falta. Pensei em falar sobre o caso em que foi usada a Lei Maria da Penha para um casal de gays, sobre o quanto achei isso despropositado, porém a grande sensibilidade que reside dentro de mim, me transformou hoje num garoto jovem e imaturo, mas um garoto naquela fase da vida em que afloram sentimentos e desejos. É aquele tipo de música que me envolve, e mesmo querendo renegar, querendo negar, sublimar, o desejo de vida vem, forte, copioso... Por que estar com outra pessoa, pensar noutra pessoa, sentir essa pessoa, mesmo que você ainda não a tenha encontrado, mesmo que no momento mais solitário, você ainda tem esperança em encontrá-la, dá a sensação de vida? De existir, de saber que esse sentimento contribui para a beleza dela? Te faz forte para lutar, para amá-la com todo o seu bem e mal? Por quê? Nesses momentos, em que viajo para outro lugar, tão alto, tão feliz!! Sinto toda essa vida, toda essa força, toda essa imensa felicidade, mas logo percebo que ainda isso não ocorreu. Ele não apareceu ainda. Me torno homem de novo, e como tal, tento não me afligir por ainda estar sozinho... Será uma sina? Por que a maioria está sozinha? Por que nós homossexuais perseguimos um padrão que não é nosso? Por que sofremos com isso?
Quando ouço algo assim, é como se não fosse preciso me preocupar, ele vai aparecer, e para tantos outros como eu, também. A gente se machuca, não? Sabemos que a realidade é outra... Sexo fácil, promiscuidade, falta de respeito, desinteresse... Deveríamos ser castos guerreiros? Grandes como Gilgamesh e Enkidu? Bravos amantes como os antigos hoplitas atenienses? Ou devemos continuar a acreditar no Amor? Merecemos ele? Ele existe? Se existe, como seria entre dois homens?
Certa vez li em uma reportagem com uma antropóloga italiana acho eu, que nós homossexuais somos ensinados a acreditar e almejar por uma história de amor no padrão hetero. Pelos filmes, pelas músicas, pelos livros, pelo cotidiano. Na época achei ridículo, e até meio preconceituoso. Hoje, começo a pelo menos tentar ver por esta nova perspectiva, e sinceramente começo a imaginar que pode ser verossímil... É possível que estejamos negligenciando o que de fato precisa ocorrer. Homossocialização. Os adolescentes homossexuais precisam ter essa vivência entre eles, descobrirem que o que de fato importa não esse Amor Ideal, Irreal, que faz sofrer, que os coloca num ponto que não lhes diz respeito. É preciso exaltar a Amizade, o Companheirismo, pois o Amor é privilégio, ou maldição de poucos. Talvez ensinadas assim, as novas gerações de homossexuais, não sofra à procura desse Amor, e então persiga a amizade, que constrói pontes e alicerces, que mesmo nas mais difíceis situações, vence a ignorância e resgata até o mais recalcitrante indivíduo. Quero aqui externar esse desejo, de um dia poder voltar aqui e dizer que eles serão mais felizes, melhor educados.
Mas para os caras que, assim como eu, já estão "ensinados", deixo esta música para que permitam-se voltar a ser como um jovem rapaz, que em dado momento queria simplesmente amar outro jovem rapaz, porque ainda havia muito tempo, havia muita juventude, ou porque o mundo, apesar de tudo, prometia tudo, inclusive o Amor, que tanto perseguimos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A foto da discórdia


É inegável que existe uma crescente intolerância em relação à homossexualidade. Ultimamente temos visto com certa frequência episódios de violência e homofobia. Garotos espancados, 25 gangues de ódio a gays só em São Paulo, igrejas despejando seu discurso criminoso, e do outro lado, a insistência em perpetuar esteriótipos. Esta claro que em sociedades nas quais a homossexualidade é condenada, há uma menor probabilidade de amizades ou relações entre os homossexuais, pois o ódio, a intolerância e a violência predominam, fazendo com que muitos se fechem, tenham medo, tornando mais comum o sexo fácil, a promiscuidade.
Recentemente o Facebook tirou uma foto do site, por ter sido considerada ofensiva. A foto em questão era a de dois homens se beijando... Entenda os fatos. Na Inglaterra dois rapazes foram expulsos de um pub por causa de um beijo. E olha que lá eles são mais "civilizados". Em uma campanha de protesto contra a expulsão, um apresetador de tv criou uma página na qual convoca os gays a fazerem um "beijaço" como forma de repúdio ao acontecido. A foto em questão ilustrava a página. Isso claro, causou celeuma entre as comunidades gays, que não viram na foto, concordo com elas, nada de ofensivo ou sugestivo. Em seguida, várias outras páginas começaram a postar fotos de casais heterossexuais se beijando, tornando a polêmica ainda maior, e deixando no ar a seguinte pergunta: Qual o critério do Facebook para algo ofensivo? Por que a foto foi considerada ofensiva?
Não acho legal sair por aí beijando outro cara na rua, no shopping, no restaurante, na faculdade, na escola, no meu trabalho... Mas dentro de um pub, de um barzinho, numa balada, na boite, até mesmo na rua, dependendo de qual e a que horas... Dependendo do cara, do beijo, não vejo problemas, já fiz isso. Logo depois o Facebook se retratou, e colocou a foto no ar novamente.
O que me chamou a atenção foi como tudo foi resolvido, sem aquele papo aranha das vítimas de plantão. Ao invés de slogans vitimizantes, a inteligência venceu o obscurantismo, e o protesto veio na mesma moeda, e a fotos dos heteros se beijando fizeram os administradores reverem seus conceitos, afinal, o que eles alegariam se tivessem mantido o veto?
A luta pelos direitos dos homossexuais começou na Europa, até mesmo esta palavra, homossexual, foi criada há pouco tempo, e essa luta é recente também. Do laboratório de Weimar, até o Stonewall, passando pelo Orgulho Gay, Paradas, retorno à masculinidade, e os direitos iguais, percebe-se que está se apresentando um novo olhar em como se fazer notado, em como se fazer respeitado. Mais que tudo, é necessário educação, é preciso combater o bullying, a violência contra as mulheres, contra crianças. Afinal, um beijo entre dois homens não é mais feio que a corrupção dos nossos governantes, a destruição do meio ambiente, a pedofilia e o abuso de crianças, a falta de políticas sociais de planejamento familiar, da violência entre os jovens, os abusos do álcool, os acidentes de trânsito, a falta de segurança, a fome e a miséria. As coisas só vão mudar quando deixarmos para trás nossa ignorância e desconhecimento em relação ao novo, quando aceitarmos que não somos iguais.

domingo, 17 de abril de 2011

Força Meninos...



Estava meio que sem saber o que escrever. Pensei em falar sobre Weimar, União Soviética, socialismo e homossexualidade, porém, depois que vi este vídeo, mudei de ideia, e resolvi não ser polêmico hoje.
Voltei na minha adolescência, e lembrei de como me fez falta um amigo destes. Confesso que chorei e me emocionei, como um garoto.
Certamente o que me tocou bastante, foi como os meninos foram retratados. Como dois meninos. Masculinos. A amizade entre eles, apesar do bullying, é sincera, e certamente a força de um deles iria ensinar e mostrar ao mais inseguro, que a amizade deles superaria os obstáculos. Sou adepto deste tipo de campanha, pois acredito que se os adolescentes homossexuais tiverem essa vivência entre eles, de respeito, de parceria, de amizade, de amor, as políticas sociais voltadas para os homossexuais seria diferente. Acredito na amizade entre dois homens. É ela de fato, que assusta a maioria, são as relações de poder criadas por dois fortes...
Essa campanha Antibullying Homofóbico, da Irlanda, é um alento para àqueles que acreditam na liberdade de ser de cada um, sem rótulos, sem sensacionalismo, sem alarde, mostrando dois adolescentes homossexuais comuns, apenas garotos, sem vícios, naturais...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Não ao Ghetto


Não posso afirmar, a não ser levando em conta como aconteceu comigo, acredito que uma das coisas mais impactantes quando você se descobre homossexual, é o fato de que você não quer pertencer àquele mundo apresentado para você. Por que? Simples, porque você não se encaixa nele. Ontem no trabalho, conversando e interagindo com meus colegas, comentamos a respeito das agressões sofridas pelo jogador de vôlei Michael na Superliga de Vôlei. Desde sempre, eu soube que eu era diferente, que enquanto os outros meninos se interessavam pelas meninas, eu me interessava por eles. Sofri bullying, não me aceitei, me odiei, e cheguei a ser tratado com remédios. Odiava essa situação. Mas o que me constrangia e me violentava de fato, era ver na tv, nas revistas, nas piadas, no dia a dia, nas falas das pessoas, o esteriótipo, a ignorância, os homossexuais sempre representados de forma vil, como pessoas fúteis, interessadas somente no prazer hedonista, sempre vaidosos, e o pior: Sempre afetados, efeminados, emasculados... Eu não sou uma bichinha. Nunca fui. Sou homem, gosto de ser homem, gosto de suar, de praticar esportes, gosto de coisas do universo masculino, e gosto de homens. Um dos meus colegas ao comentar o assunto dispara: "Ah! Não é legal o que fizeram, mas também, fala sério! Viu a sobrancelha dele?! . Janice disse depois de uma gargalhada: "Pior! Parecia uma mulher!". No mesmo dia, dentro de um ônibus, me deparei com a seguinte cena: Um grupo de adolescentes fazia algazarra, e entre eles um garoto que, estava na cara, era gay. Ele fazia o possível para chamar atenção, falando alto, gesticulando, rebolando, desfilado e desfiando um rosário de despropósitos. Resumindo, uma bichona, com toda a carga negativa que essa palavra encerra. Quando dois garotos desceram no ponto, ela mexeu com eles. Eles claro, se ofenderam, e disseram simplesmente: "Vai se f... sua bicha! Vira homem. Naquele momento lembrei da conversa com meus colegas, e de tantas outras que escutei durante minha vida. Sou bastante masculino, e desde garoto tenho um porte mais viril, o que não tira de mim, uma grande sensibilidade. Luto jiu-jítsu, e tenho voz grossa. Na verdade passo despercebido, as pessoas nem cogitam sobre minha sexualidade, pareço "hetero". Apesar das dificuldades de aceitação, sempre me respeitei, e nunca procurei ser quem eu não era, nunca fiz uma linha hetero, faço uma linha homem, masculino. E penso que não tenho obrigação em dizer para todo mundo, que sou homossexual, quem importa, quem interessa, sabe. Com tudo isso quero dizer, que existe sim uma Ditadura Gay em percurso. O que se vê hoje em dia é um crescente número de meninos cada vez mais atraídos e instruídos por essa história de se assumir, de virar gay, de se expor nas paradas e baladas, a se travestirem, se prostituirem, a se efeminar, a se tornarem vítimas da violência que só o GHETTO traz. Eu não quero um triângulo rosa no meu peito. Ele simboliza a loucura humana, a intolerância, o radicalismo e a falta de esclarecimento. Quero aqui neste blog, mostrar que há outro caminho, que nem todos os homossexuais se portam dessa maneira, e que na verdade queremos apenas poder viver em sociedade sem ter que ser apenas mais um produto de fábrica com o rótulo Gay. Quero aqui resgatar valores masculinos, de amizade e companheirismo, quero mostrar que ser homem também é Cool... Para mim, o ícone desse renascimento da masculinidade entre os homossexuais é Gareth Thomas. Mirem-se no exemplo do homem de Gales.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O caso dos sargentos gays


Como prometido no meu último post, vou escrever e dissertar a respeito dos "sargentos gays" que fizeram toda uma celeuma em relação a pergunta: Existe gays nas Forças Armadas? O que quero aqui nesse blog, é fazer com que as pessoas entendam a enorme diferença em ser homossexual e ser gay. Ser gay é um estilo de vida, é querer, por força de uma suposta igualdade, exigir supostos direitos iguais, é exigir com que todos sem exceção aceitem sua condição e sejam obrigados a saber o que você faz entre quatro paredes. Um homossexual não pretende nem tem interesse que sua vida íntima e sua conduta como pessoa seja exposta de forma muitas vezes desrespeitosa para o público. Já os gays, com sua já conhecida e estridente ladainha, fazem questão de sair por aí alardeando sua intimidade. Por que afinal eu iria querer beijar meu parceiro na rua? Afinal, se quando um homem e uma mulher fazem isso, já acho nada ver, por que iria achar essa ideia interessante? Outra questão: será que a grande maioria dos homossexuais que hoje estão nas Forças Armadas, aprovaram a conduta dos sargentos? Tenho certeza que não, pois a conduta dos dois nivelou todos no mesmo escalão.

Mas vamos agora fazer uma breve volta ao tempo para poder entender o que de fato aconteceu. Os dois sargentos moravam juntos em um apartamento funcional do Exército em Brasília, ou seja, é óbvio que seus superiores já sabiam da relação dos dois, nem por isso foram molestados ou sofreram algum tipo de represália por conta disso. As coisas começaram a degringolar quando o agora ex-sargento Laci, que era cover de Cássia Eller, disse estar com "problemas de saúde", sendo que na verdade, todos sabem, que quando se faz parte das Forças Armadas, você tem que se dedicar exclusivamente a ela, não podendo de forma alguma ter outra forma de trabalho. Ou seja, ele não poderia estar fazendo shows por aí... A meu ver eles foram extremamente mal assessorados pela tarântulas da igualdade, que com seu recalque tentaram de todas as formas denegrir o Exército.

O que mais me irrita nessa escalada dos pretensos "direitos dos gays" é o seguinte: o preconceito que eles, gays, tem em relação àqueles que tratam sua homossexualidade de forma mais tranquila, por serem mais masculinos, e por não quererem levantar a bandeira colorida. A primeira coisa que eles falam quando veem dois caras bem masculinos, mas que são homossexuais é: "Ah! É uma bichona, pode ter certeza!". Ou, " Deve ser um enrustido...". Por eu não ter interesse nos seus "direitos", acabo sendo tratado como enrustido!!! Sou bem resolvido, não preciso levantar uma bandeira para me autoafirmar. Mas voltando ao que interessa, a problemática da questão, foi o fato de que esses senhores tinham o interesse na verdade de fazer militância dentro do Exército, militância gay. Isso certamente não traria bons resultados, e foi exatamente o que aconteceu.

Sempre é dito que homossexuais não podem servir por serem mais fracos, não terem equilíbrio, e por aí vai. Esses senhores só confirmaram essa hipótese errônea, quando o tal Laci se fez de vítima e disse ter problemas psicológicos. Aqueles homossexuais que tratam as Forças Armadas com respeito, e que estão lá, não porque querem homens de farda na cama, mas porque querem servir seu país, devem ter odiado toda essa questão, afinal, ficou parecendo que todos eles são na verdade, pessoas não aptas para o serviço militar.

Onde estão agora esses senhores? Eles só aparecem junto àqueles que o colocaram no limbo, sem trabalho, e pagando o alto preço por tão despropositado disparate. No fundo de toda essa questão, essa correria pelos "direitos iguais", está a esquerda reacionária, que sufoca a verdade, e não conta o que acontece nos seus subterrâneos. As Forças Armadas não tem problemas com homossexuais, as Forças Armadas só não querem em seu seio, gente que não leva a sério seus pilares basilares: Honra, Nobreza, Disciplina e Respeito. Falando em esquerda reacionária, vou contar para vocês, no meu próximo post, o que aconteceu aos homossexuais na antiga União Soviética.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Liberdade de Expressão



Depois da polêmica do deputado Jair Bolsonaro em entrevista no CQC, fiquei um tempo pensando no que escrever sobre a tão comentada declaração que varreu o país. Bom, para começar, vou dizer algo que certamente ferirá suscetibilidades, mas criei esse blog com o propósito de externar minhas opiniões. Sempre fui a favor da Revolução de 64. Não era nascido nessa época, mas se todos procurassem se aprofundar no assunto, veriam que a situação naquele momento era de fato crítica, e por mais que se negue, o risco do Brasil entrar numa guerra civil, virar uma Cuba ou uma Colômbia era grande. Os valores do deputado são chamados de Direita, e muitas das vezes acabam indo contra o que muitos pensam, aliás, muitos homossexuais são de Direita, eu inclusive. O que quero expor aqui, mesmo sendo contra as declarações de Bolsonaro, é sobre a liberdade de se expressar dele, afinal, mesmo dizendo disparates, ele em nenhum momento incitou o ódio aos homossexuais. Inclusive já disse que os mesmos são respeitados nas Forças Armadas. O episódio dos sargentos gays é assunto que tratarei noutro post. O que ele falou, e que acabou sendo o grande motivo de tanto barulho foi: a promiscuidade dos homossexuais... Ela existe? É mentira? Uma criação dos homofóbicos? Quando as pessoas, em sua maioria pensam sobre homossexualidade, o que vem a mente? Paradas Gays, onde drogas e sexo correm soltos, garotos de programa dançando e oferecendo sexo por dinheiro, festas e baladas regadas a metanfetamina e outras drogas do "amor", um bando de bibas loucas, sempre falando alto, gesticulando e assediando indicriminadamente, humor irônico e maldoso, uma vida bastante irreal no meu modo de ver, afinal, não somos todos assim... Se queremos respeito, não devíamos dar o respeito? Por que precisamos de uma Parada Gay, que aliás era chamada de Orgulho Gay antigamente? Eu não tenho orgulho por ser homossexual, tenho orgulho de ser verdadeiro, de respeitar os limites alheios, e de ser uma pessoa que não se deixa vitimizar por conta da ignorância alheia. Sobrevivi ao bullying, me tornei um homem correto, e hoje aqui, procuro passar minhas experiências, principalmente para aqueles jovens que não se encaixam no estilo gay que atualmente assola o mundo. É preciso discernimento quando o assunto é gosto. Eu não gosto de afeminados. Isso faz de mim um homofóbico? Também não me dou bem com travestis, isso faz de mim um preconceituoso? Se os gays tem o direito de se expressar, em suas paradas, suas festas, seu modo de vida, por que Jair Bolsonaro não? Não parece um paradoxo? Claro, que discursos como por exemplo de muitos pastores evangélicos, realmente soam homofóbicos e insitam a violência, isso não é liberdade de expressão, isso é incitação ao ódio. A patrulha do politicamente correto tem destruído boas ideias e opiniões. O ponto central do meu pensamento é: por que temos que nos igualar aos heteros? Por que queremos um casamento, uma família nos moldes tradicionais, pensão de ex-compannheiros (vão trabalhar, correr atrás do que é seu)? Como dizia Michel Foucault, estamos aqui para mostrar novas formas de se relacionar, diferentes das já usadas e gastas, todos sabem que o casamento perdeu sua principal função, e quando os homossexuais se voltarem para àquele passado grego, no qual uma relação entre dois homens era de respeito e aprendizado, de virilidade e crescimento mútuo, certamente essas polêmicas se arrefecerão. Temos que por em mente que devemos não procriar, mas criar, tornar o mundo melhor, resgatar antigos valores, como companheirismo, como força, honra e nobreza, não esses conceitos da moral do escravo, do rebanho, sempre cerceando os mais aptos e fortes, criando conceito ridículos, como homofobia e casamento gay. Se os gays têm o direito de sair às ruas levantando sua bandeira colorida, e reivindicando direitos, por que Jair Bolsonaro, não pode externar sua opinião? Afinal não vivemos numa democracia? Ou a democracia serve somente para as minorias?

quinta-feira, 31 de março de 2011

Rômulo


Um dia desses decidi fazer um perfil para o Orkut, tipo aqueles que você não diz exatamente quem é, mas diz exatamente o que quer. Eu estava entediado, e na minha ânsia de conhecer caras como eu, que pensam e ajam como eu, acabei descobrindo um que chamou muito minha atenção. Sabe daqueles que você diz, homem com jeito de homem? Então, assim que comecei a ver suas fotos, seus amigos, sua existência e seu estilo de vida, foi como se um véu de negligência e obscurantismo caísse dos meus olhos... Vou explicar. Sempre acreditei que tinha algo para mostrar, algo a dizer sobre a homossexualidade masculina, como passar por isso, como se aceitar, como agir quando você é o diferente no meio dos diferentes... Só que não tinha estímulos, e um resquício de insegurança ainda me travava, que estava viajando, que era rídículo e presunçoso de minha parte achar tal coisa. O que me faz tão apto a falar sobre isso? Por que daria certo? Quem estaria interessado? Textos, pesquisas, fotos, arquivos, filmes. Durante certo tempo amealhei uma substancial quantidade, com qualidade claro, de material sobre este asunto, e munido de minha quase obsessão, debrucei-me sobre estatísticas, fatos e histórias de como a homossexualidade masculina passou do status de virilidade entre os hititas e alguns povos antigos, para a aberração dos cristãos.

Descobrir na adolescência que você se sente atraído por seus pares não é fácil, mas o pior é você não se encaixar no conceito "gay"hegemônico no mundo de hoje. Todos são afetados, fashionistas, sempre caricatos, sempre se tratando no feminino, sempre vítimas? Ou a vida é uma festa constante, com plumas, paetês e purpurina? Não faço parte desse mundo, adoro o universo masculino, gosto de esportes, tenho a voz grossa, sou discreto, procuro me dar o respeito, sou bem resolvido com minha sexualidade, não ataco ou assedio outro homem só por auto-afirmação, e sinceramente, essa história de levantar bandeira, "direitos iguais"... Essa não é minha verdade, e depois do Rômulo, percebi que não é a verdade de muitos. Este é o nome dele.

Com este post quero deixar claro que o blog Hipermasculino pretende tratar exatamente disso, que curtir e se interessar por outros homens não significa ter que virar uma mulher. Aqui vou tratar de assuntos pertinentes a esse tipo específico de homossexual, aquele que gosta de ser homem. Nada de "heterossexualização", termo tão caro aos pregadores da igualdade e às tarântulas da vitimização. É como se fossemos uma irmandade, guerreiros que lutam contra o preconceito que muitas vezes vem dos iguais, que muitas vezes nos colocam no limbo, impedindo nosso crescimento e afirmação, aqui é um espaço para novas ideias, novos conceitos, aliás conceitos antigos que foram esquecidos em detrimento da falta de bom senso, da massificação.

Espero atingir este objetivo, mostrando minhas experiências, minhas verdades, meu estilo de vida. Assim, pretendo me fazer ouvir, não impondo minhas opiniões, mas abrindo espaço para argumentações, discussões sadias, e levando para àqueles mais jovens, ou para os mau resolvidos, um bálsamo para aliviar a difícil caminhada de um homossexual.

Ah! E claro que eu não entrei em contato com o meu muso inspirador! Ele nem sabe que eu existo! Bom, quem sabe de repente, por conta do blog, eu acabe conhecendo o Rômulo? Eu ia gostar disso...